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WELL DONE MR.TURNER 👍

Comemorando à sua maneira o Victory Day, Mr. Ken Turner, um veterano britânico da II Guerra Mundial, com 98 anos, (WW2 Royal Engineer, Royal Tank Regiment), o único sobrevivente da sua derradeira missão na Normandia, manifestou efusivamente a sua opinião sobre Musk  conduzindo um tanque Sherman PXS604, símbolo das forças aliadas, sobre um Tesla - doado para o efeito pelo seu desiludido proprietário -  em protesto contra a forma como Musk usa a sua insuperada fortuna para subsidiar e promover a extrema-direita na Europa

 «O meu nome é Ken Turner, tenho 98 anos e servi no Exército Britânico na Segunda Guerra Mundial, tal como este tanque Sherman. Tenho idade suficiente para ter visto o fascismo pela primeira vez; agora ele está a voltar. Elon Musk, o homem mais rico do mundo, está a usar o seu imenso poder para apoiar a extrema-direita na Europa, e o seu dinheiro vem dos carros da Tesla. Bem, tenho uma mensagem para o Sr. Musk: Já derrotámos o fascismo antes e vamos esmagá-lo novamente»

Posteriormente entrevistado pelo "Guardian" declarou
«Quis fazer um alerta para as novas formas de autoritarismo disfarçado. Lutei pela liberdade e não por bilionários que brincam aos ditadores usando a tecnologia».


Mais sobre Ken Turner - um pequeno excerto de uma entrevista à ITV News em 2019: https://www.facebook.com/share/v/1AWFFh2BJY/


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UM PAÍS SEM REI NEM ROQUE


Para que um Estado possa ser considerado Democrático tem de ser alicerçado por vários pilares nos quais tem de assentar o seu funcionamento, institucional, político e social; eleições livres é um ponto de partida mas não basta, não são, de forma alguma, "um ponto de chegada". Representatividade legislativa e executiva da vontade expressa, liberdade de expressão e de imprensa, são alguns desses pilares fundamentais. Um outro absolutamente essencial é ser um Estado de Direito, no qual o poder judicial seja inequivocamente independente. Sem isto não há evocação de resultados eleitorais que resista à perversão do Estado Democrático. Tudo cai num abismo autocrático, prepotente, dogmático

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28 DE MAIO - Três juízes federais do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos invalidou a utilização da "Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional", de 1977, para impor taxas de importação.

Trump, obviamente, recorreu.

29 DE MAIO - Um tribunal de recurso decidiu que o presidente Trump pode continuar a cobrar tarifas enquanto contesta a ordem judicial que as bloqueou. A reversão permite que Trump continue a utilizar a "Emergência Internacional" como ferramenta económica, e como política de destabilização dos mercados mundiais

(A bem de quem...?)

A União Europeia está a preparar os termos de um acordo comercial com início de discussão a 9 de Julho. Precisam saber os termos basilares de tal acordo... Pois que esperem, esperem todos, do Canadá à China, do México à India, aguentem-se e logo se vê.
Instabilidade financeira mundial?  Pois, são coisas que acontecem enquanto o mundo fica na dependência da assinatura de um homem que trata as falências por "tu".    

Isto resolvia-se se evocassem o espírito de Elvis, o Rei do Rock - Rei e "Roque" mudando a música - de outra forma não estou a ver saída, talvez se ele for para Marte com o outro....

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Esta remissão à insignificância da Letra da Lei é a nova dádiva ao mundo da segunda administração trump; durante a primeira administração, campanha incluída, foi a mentira descarada como discurso político e a desinformação propagandeada; colou-se às democracias ocidentais  como modus operandi viscoso e peganhento deixando nódoas com as quais hoje nos debatemos, mas havia ainda a tentativa de enquadrar a acção política, e executiva, numa moldura "legal". 
Uma perda de tempo e esforço, ao que parece... 
Agora faz-se "lei" com a ponta da caneta e a prática em campo desrespeitando  todo o tipo de leis vigentes, mesmo as constitucionais, desrespeitando a separação entre o poder executivo e o legislativo, todas as normas que regulamentam essa relação, desrespeitando a jurisprudência descaradamente como constará do Manual de Boas Práticas de qualquer ditador que se preze. 
Sem pretender fazer futurologia, esta será a nova prática que nos assombrará num futuro próximo.
Deixo um vídeo com um excerto da audição no Senado da Secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem, não por ser especialmente importante - no que toca ao resto do mundo - mas por ser um excelente exemplo desta nódoa autocrática e irresponsável, inconcebível num Estado de Direito, cristalinamente exposta pelo senador  Chris Murphy. Melhor é difícil.

O TRAMBULHÃO

PNS:

«A minha vida política e partidária termina, continuarei a ter intervenção política,
continuarei a dizer o que penso»

Caro PNS, para quando começares a pensar o que dizes?


O PRACISTA DA COWBOYADA


O Mário e eu somos "amigos de calções", estudámos (pouco, um menos do que o outro) no mesmo liceu, passamos 7 anos lectivos juntos, fomos colegas de turma, temos bocadinhos de história comuns, queremo-nos mutuamente bem, ou seja, somos amigos.  Hoje raramente nos vemos embora tenhamos contacto muito frequente por via do Facebook (a única razão que me mantém por lá é esta "convivência", doce e mentalmente saudável, com pessoas que raramente vejo mas a quem tenho ligações mais profundas do que se mostram) 

Hoje tropecei num post do Mário que começa por falar de filmes de cowboys... E bem. Perguntei-lhe se podia publicar aqui o escrito dele porque, desta vez, estamos a ver o mesmo filme, com o mesmo personagem representado por um actor experiente no género 

Fica aí abaixo 





«Sempre fui um fã de “westerns”. Primeiro em miúdo, com os famosos “westerns spaghetti” do Trinitá e dos primeiros filmes do Clint Eastwood até aos mais recentes e fabulosos Silverado, Unforgiven e Django (entre outros).

No entanto em todos eles sempre houve um elemento comum: a famosa “wagon” do charlatão que chega à cidade para venda dos produtos estragados ou das poções mágicas para os aleijados e desfavorecidos, e sobretudo a venda de promessas inatingíveis.

Hoje em dia a (re)encarnação desse charlatão dá pelo nome de André Ventura.

André Ventura não só vende o que não tem, como também vende o que não sabe e sobretudo vende aquilo que não tem capacidade para  fazer. Coerência, estabilidade, confiança e, sobretudo, integridade política.

Pela primeira vez na sua curta mas de ascensão meteórica carreira, o seu partido vai ter um papel fundamental na política portuguesa. O poder de decidir, de apresentar propostas, de ser pró-activo, de ser construtivo e de contribuir para uma estabilidade política e governamental, coisa que até hoje foi precisamente o contrário que tem feito.

André Ventura nunca quis construir nada, nunca quis estabilidade política mas sim, pela sua forma populista e demagoga de ser, criar a dúvida na população já cansada e farta das alternativas políticas que temos tido e digamos que o conseguiu com nota máxima com cada um a tirar as ilações que entender sobre isso..

É sempre muito fácil prometer aquilo que as pessoas gostam de ouvir e sobretudo o que à partida se sabe inatingível.

O futuro o dirá. Se André Ventura com a inteligência inegável que tem e com a capacidade de mover (e convencer) multidões é capaz de uma vez por todas pôr os interesses do país à frente dos seus interesses pessoais. Duvido que o faça mas espero que me engane. 

Aguardemos…»
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O ÍCONE

A marcar o seu primeiro encontro com o Papa Leão XIV, a 18 de Maio no Vaticano, o Presidente  Zelensky ofereceu ao Papa um ícone único; pintado sobre a tampa de madeira de uma caixa de munições, cartuchos de artilharia pesada. A caixa foi recuperada em Izium, na região de Kharkiv, devastada pela guerra.

Não é ouro nem de qualquer matéria preciosa, não é um livro ou documento centenário, não é um ícone religioso que teria lugar privilegiado num leilão da Sotheby's, é um testemunho do carácter de um homem, é o testemunho do que vai na alma de um povo agredido, estóico, heróico.

Sobre a sua oferta disse Zelensky: 
"Este ícone fala dos nossos filhos - daqueles que sofreram na guerra, que foram raptados e deportados à força pela Rússia e que são tão aguardados no seu país, a Ucrânia.
Rezamos pela vida de todas as nossas crianças deportadas e esperamos o apoio do Vaticano para as ajudar a regressar - juntamente com todos os prisioneiros ucranianos - à sua terra natal". 

Foto: Gabinete presidencial da Ucrânia 



 

SOBRE AS ELEIÇÕES ?

Em 5 linhas e meia porque não tenho para meia-dúzia *


Espero que os socialistas se sintam felizes e recompensados por terem provocado eleições antecipadas, é pena não manterem lá aquele cabotino egocêntrico

Uma vez mais o Chega tem uma dívida de gratidão para com o PS, com juros.
(Oxalá não lhe dê o espasmo durante o discurso apoteótico)

Não, não é o Luis Montenegro que está lixado, somos nós

Cada vez gosto mais de cães

Marcelo, quando fores já vais atrasado

*(A ordem dos factores é arbitrária)



RIEN NE VA PLUS!


 O meu sentido de humor está por certo distorcido, como uma fotografia mal amanhada, não consigo deixar de achar graça às expectativas de que possa advir um Acordo de Paz, ou mesmo de um mero cessar-fogo, das programadas conversações entre a Ucrânia e a Rússia na próxima quinta-feira em Istambul

O assunto é sério, não tem a menor graça mas, aqui para nós, parece-me o libreto de uma ópera bufa

Estónia, Museu de Narva,  na fronteira com a Rússia,
durante as comemorações do Dia da Vitória
Acordo de Paz? Sim, claro, com certeza.
Se a Ucrânia  reconhecer a anexação das quatro regiões do sudeste do seu território pela Rússia, jurar a pés juntos que desiste da adesão à NATO e se renunciar ao apoio militar ocidental,  poderá começar-se a falar de um Acordo de Paz. Cessar-fogo? Pois, isso depende do "andamento" das conversações...  um adagio para não ser cansativo e evitar precipitações

Zelensky havia dito que só encetaria conversações se a Rússia se comprometesse previamente com um cessar-fogo de 30 dias. Putin adiou, adiou... Quis 3 dias para fazer a sua parada militar do Dia da Vitória e  receber os amigalhaços, e os outros que não sendo amigalhaços compactuam com aquele criminoso de guerra porque há bons negócios em perspectiva.

No passado fim de semana os líders do Reino Unido, França, Alemanha e Polónia foram, pela primeira vez  juntos,  a Kyiv apresentar um inequívoco reforço do conjunto apelo a um cessar-fogo de 30 dias, ao qual se juntou a voz da União Europeia. Não se tratou apenas de enviar uma mensagem a Putin, nenhum deles admitiu que um cessar-fogo ocorreria na segunda-feira; o principal objectivo da visita de Keir Starmer, Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Donald Tusk foi colocar Trump perante a evidência de que Putin está a protelar, a derramar justificações,  e aos EUA não restará facilmente outra opção política senão impor sanções económicas severas à Rússia, chamar o boi pelo nome.

O senador republicano Lindsey Graham, que na madrugada do fatídico 6 de Janeiro para dia 7, não poupou Trump à irrefutável responsabilização mas depois depôs as criticas e foi beijar o anel ao padrinho, tem porém uma qualidade: abomina Putin, dentro das conveniências de um republicano de carreira, mas agora viu a esperada oportunidade e preparou um pacote de sanções à Rússia, com um amplo apoio do Congresso  -  não são precisos muitos republicanos, menos de meia-dúzia bastam  -  para quando esta recusasse a proposta do presidente dos EUA para o cessar-fogo incondicional de 30 dias 

Trump apercebeu-se de que estava a ser encurralado (ou algum russófilo o alertou, diria eu porque tenho mau feitio) e apressou-se a publicar nas redes sociais a sua insistência em que a Ucrânia  iniciasse já esta semana as conversações de paz com a Rússia sem esperar ou exigir cessar-fogo prévio. Os planos cuidadosamente delineados pela Europa para levar os EUA a impor sanções a Moscovo mantêm-se válidos, em compasso de espera, outra vez...

Trump está à beira de uma crise de ansiedade perante o desenrolar da próxima quinta-feira, o homem não cabe em si apesar do largo espaço.
(Lá abaixo, mesmo no fim, deixo uns segundos de vídeo no qual se vê Trump em fuga face aos repórteres que o questionam sobre a implementação de sanções se a Rússia não assinar o cessar-fogo; a pressa é tanta que se esquece do que tinha ido ali fazer face à imprensa: assinar mais uma ordem executiva)
Esta segunda-feira, Trump sugeriu que Putin iria pessoalmente a Istambul e que ele próprio poderá aparecer:

«Podem ter um bom resultado na reunião de quinta-feira na Turquia... e acredito que os dois líderes estarão lá. Estava a pensar voar até lá. Não sei onde estarei na quinta-feira, tenho tantas reuniões... Penso que há uma possibilidade, se achar que as coisas podem acontecer.»

Coitado... Não tem noção do sarilho em que se iria meter...

Mas se Zelensky assentiu, é a atitude mais sensata,  os líders europeus mostraram-se demasiado ocupados para suspender as suas decisões e lerem o que Trump escreve nas redes sociais. A Europa mantém a exigência fundamental de que Putin deixe de prevaricar sobre o cessar-fogo de 30 dias. Os ministros dos Negócios Estrangeiros europeus, reunidos segunda-feira em Londres, ignoraram a intervenção de Trump, continuando a dizer que não pode haver negociações reais sem um cessar-fogo total. Kaja Kallas, responsável pela política externa da UE, deixou claramente transparecer a sombra das novas sanções: «Para iniciar conversações de paz deve haver um cessar-fogo. Devemos pressionar a Rússia porque esta está a fazer um jogo».

Marco Rubio, o volúvel secretário de Estado dos EUA, por acaso também estará na Turquia na quinta-feira para uma cimeira informal sobre os gastos gerais de defesa da NATO. Sim, está bem, mas os ministros europeus pretendem discutir a visão europeia de que os termos da Rússia para um acordo de paz envolvem efectiva e inaceitavelmente o desmembramento da Ucrânia.

E a delegação ucraniana não estará só, autoridades europeias estarão também em Istambul para garantir que a equipa de negociação da Ucrânia está pronta para negociações potencialmente cruciais, para as quais houve relativamente pouca preparação uma vez que se "aguardava" o cessar-fogo russo. Um verdadeiro "Um por todos, todos por um". 

«Faites vos jeux, messieurs !… Rien ne va plus !»


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PREFIRO ASSIM









Esta manhã

Vestido de branco, 

uma cruz de prata

Compreendido.

TODOS. MAS TODOS, TODOS, TODOS?

 


Uma nota neste dia em que a Igreja Católica Romana inicia um novo capítulo na sua relação com o mundo:
Porquê  a escolha do nome "Leão"?
Já li alguns disparates, desde "A escolha da referência ao rei dos animais..." a conjecturas bastante improváveis como a referência a Leão I devido ao seu proverbial encontro com Átila

A fazer sentido a evocação de Leão I não passará por certo por Átila. Leão I teve um papel decisivo nos debates do Concílio de Calcedónia, concílio ecumênico da Igreja Católica, a Igreja Católica Ortodoxa e a maioria dos protestantes, no qual foi debatido o seu "Tomo de Leão", uma carta enviada por Leão I a Flaviano, patriarca de Constantinopla. Esta carta debruçava-se sobre a definição de Cristo como sendo uma união de duas naturezas — humana e divina — unidas numa só pessoa, "sem confusão e nem divisão", as duas naturezas coexistiam em Jesus Cristo sem divisão. Esta é a posição expressa pelo novo Papa Leão XIV, tal como era a do Papa Francisco .
Mas está definição de cristandade gerou profundas discordâncias no seio do Concílio Ecumênico de Caledónia provocando o cisma das as Igrejas ortodoxas orientais: a Igreja Ortodoxa Copta, a Igreja Ortodoxa Síria, a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Ortodoxa da Etiópia, ameaçando um cisma entre o Oriente e o Ocidente.

Outros dois Papas me ocorrem, Leão X  e  Leão XIII. 
Assalta-me a dúvida: 

Por Leão XIII, que deu início, no sentido estrito, à Doutrina Social da Igreja, que tem por finalidade "Levar os homens a corresponderem, com o auxílio também da reflexão racional e das ciências humanas, à sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena";

Ou por Leão X, o papa que se confrontou com do início da Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, o último Papa de uma Europa Ocidental totalmente católica. Parece-me pouco provável para um "filho" de santo Agostinho que se anuncia reformista; reformista mas qb

 "Construir pontes" não é o mesmo que aceitar o que existe do outro lado da ponte; dialogar também não, o diálogo pode estabelecer compromissos, criar laços, mas também pode servir para convencer, ou mesmo impor civilizadamente. Alguém falou, citando este novo Papa, numa "unificação das práticas da Igreja". 
Depende do que se pretende "unificar".... por vezes as unificações geram cismas, se empreendidas como "unicidades". Quero pensar que um agostiniano não irá por aí. 

Leão XIV foi muito claro: «Queremos ser uma Igreja sinodal». Assim seja, desde que a prudência e a ponderação sejam observadas com sabedoria. O convite à participação de todos é benéfico à Igreja e a todos, sem inclusão e participação gera-se perda e desvio, mas pergunto-me se, neste momento, o convite é feito a todos os membros da Igreja ou a «Todos, todos, todos»?
«Todos, todos, todos» é o mais corajoso, e cristão, desafio que a Igreja pode encarar. Tal como o Papa Francisco, é preciso vencer a resistência à mudança, «sem medo», a permanência congelada num tempo passado afasta-se da vida, do mundo, das pessoas. Esse foi talvez o maior desacerto de Bento XVI. Uma Igreja sinodal é desejável mas tem de estar preparada e positivamente responsiva à divergência que a sinodalidade implica, leigos incluídos, de «Todos, todos, todos», sem isso é o pronúncio de afastamento.
Leão XIV falou de "todos" e a "todos", mas não de e a «Todos, todos, todos» ...

Ou talvez tenha falado e eu não ouvi como devia, com saudades tinha presente a voz, as palavras, a humildade e o esplendor de Francisco



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PERFEITO!

 Enquanto trabalhava mantive a TV ligada e fui deitando um olho às reportagens que chegavam do Vaticano. Quando ouvi que se aproximava o momento de fechar a porta da Capela Sistina fiz uma pausa; nesse momento era a CNN que tinha no ecrã. E ainda bem, foi a única que transmitiu menos de  minuto e meio de perfeição.
(Depois fiz replay a vários canais e não encontrei a mesma sequência).
Gravei esse momento de perfeição, retirei a voz off , que não se enquadrava no que pretendia, adicionei o som da minha escolha.
Seja qual for a forma como cada um encare um Conclave não posso deixar de expressar a minha admiração pelo realizador e de constatar a coincidência luminosa que concedeu a espantosa fotografia neste dia.

Ainda que com a falta de qualidade de uma imagem TV, publico a fotografia isoladamente e o minuto e picos de vídeo sem qualquer edição (para além do som) que mediou entre o fecho da porta e a passagem à Praça de S. Pedro. 

Per-fei-to.





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ESTES GAJOS SÃO TODOS IGUAIS

Nigel Farage e o seu partido, Reform UK, foram amplamente criticados por “dar graxa a Moscovo” depois de o partido ter proibido o hastear da bandeira ucraniana nos edifícios municipais que controla.

As recentes eleições locais aumentaram o número de municípios liderados pelo Reform UK, sem dúvida devido à frustração entre alguns Conservadores face à retumbante vitória Trabalhista nas legislativas. Farage não cabe em si de tão inchado e, como sempre acontece com tipos da sua laia -  e quando ainda não aconteceu é porque ainda não chegaram ao patamar que lhes confere relevância para isso - mal sentiu o inchaço arreganhou a dentuça e não se inibiu de mostrar de onde sopram os ventos que o enfunam: de leste, claro, do mais a leste dos confins da Europa. Não é novidade, já o tinha feito quando, em Julho de 24, conseguiu finalmente sentar-se na Câmara dos Comuns. Nessa altura disse que o Ocidente “provocou” a invasão da Ucrânia pela Rússia ao expandir a União Europeia e a aliança militar da NATO para leste. (Já tinha ouvido isto algures, vindo de outra boca...) Agora, com uma vitória nas eleições locais, restringida às áreas mais populosas de Londres e do norte de Inglaterra (não deixa de ser significativo que Oxfordshire e Cambrigeshire permaneceram duas ilhas negando a penetração dos Reformistas - por que será? Na Escócia não há rasto deles, nem no País de Gales, nem na Irlanda)


No mesmo dia em que um pequeno número de militares ucranianos desfilou ao lado dos militares, e veteranos, britânicos na parada do Dia da Vitória, Farage achou por bem mandar retirar todas as bandeiras ucranianas colocadas em edifícios municipais dos seus 10 burgos eleitorais. Nem numa janela nem numa varanda. 

O rei faz continência aos militares ucranianos,
o primeiro ministro tem um pequeno galhardete ucraniano sobre a sua secretária de trabalho, 
mas os reformistas incomodam-se com a sua bandeira...

Nb10-Downing Street
 «Como nos recorda o Dia da Vitória, a Grã-Bretanha tem uma história orgulhosa de colaboração com aliados para derrotar ditadores e tiranos.» 

«Diz-nos tudo o que precisamos de saber sobre o Reformismo de Nigel Farage que a sua primeira acção, depois de ganhar as eleições locais, é banir a bandeira ucraniana das nossas câmaras municipais»

«Farage e os conselheiros da Reforma deviam deixar de dar graxa a Moscovo e desistir imediatamente da proibição de hastear a bandeira ucraniana.»

«Mas, embora seja repugnante, não deve ser uma surpresa: Farage disse-nos que Vladimir Putin é o líder mundial que mais admira.»

 O presidente do partido é Zia Yusuf, um filho de emigrantes muçulmanos do Sri Lanka, antigo executivo da Goldman Sachs e fundador de uma empresa de concierge de luxo, tornou-se presidente do Reform UK. ( O dinheiro não compra felicidade mas ajuda muito) Esta segunda-feira Yusuf anunciou  a política que será seguida pelas 10 autarquias locais de Inglaterra onde o partido assumiu o controlo nas eleições locais da semana passada.

“As autarquias inglesas controladas pelo Reform UK vão actuar rapidamente para que as únicas bandeiras autorizadas a serem hasteadas nos seus edifícios sejam a bandeira da União e a bandeira de São Jorge. Nenhuma outra bandeira poderá ser hasteada nos seus mastros, varandas, balcões de recepção ou paredes dos seus edifícios.”

 Um porta-voz do Reform disse mais tarde:

«O Reform UK hasteará orgulhosamente a bandeira da União, a bandeira de São Jorge e as bandeiras dos condados. Ao contrário dos Conservadores e dos Trabalhistas, temos orgulho no nosso país e na nossa história»

Esta "importantíssima notícia internacional" é a primeira na página de abertura do Pravda-Moscovo. 

Com tanto orgulho no país e na história não têm vergonha de lamber as botas a Putin? 


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GOD SAVE... UKRAINE


Militares ucranianos, que se encontram no Reino Unido em formação, fecharam a parada do Dia da Vitória em Londres. 

Foram emotivamente saudados pelo rei, 
foram efusivamente aplaudidos pelo povo

(aumentem o som)


 

UMA PIADA? A BRINCAR, A BRINCAR...


Ontem, dizia eu por aqui, um dia antes de ter visto o inacreditável vídeo que hoje aqui vim deixar:
«...a perversidade não é inconsequente, muito menos quando manifestada por por
um "líder mundial", um que tem atrás de si, por um lado, uma seita acrítica, irracional e ignorante, por outro, um séquito de cobardes egocêntricos, amorais e invertebrados que defendem os seus umbigos e as suas contas bancárias com um fervor tiranicamente indiferente que em nada se identifica com ideologia e excede os limites da legalidade, ofende os mais básicos princípios de decência»
Não, a perversidade não é inconsequente. 
Dizia mais: 
«Testar limites? Expandi-los'? Ou, pior ainda, levar o seu séquito a manifestar-se»
Tem vindo a tornar-se uma prática corrente em círculos mais radicais
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LINK: POPE DONALD TRUMP Barra Colorida Fundida 1 Oz Prata 2024

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Diz o narrador neste vídeo: 
«É o teste de Trump. Quando Trump publica um meme de si próprio como Papa não é realmente uma piada, é um teste como tantos outros que já fez, "piadas" que são um balão de ensaio para ver até onde consegue impelir os limites do poder, da reverência e do respeito público, da submissão. Quer esteja a pensar em ser presidente vitalício,  fazer pairar a lei marcial ou vestir-se, literalmente, com roupas religiosas, não são piadas aleatórias, são provocações estratégicas. Este meme esbate a linha entre a sátira e a ambição. Trump tem uma história bem documentada de disfarçar intenções sérias com humor e piadas para  observar a reacção; se cair bem com a sua base torna-se parte do seu discurso, dos seus objectivos. O que começa por ser um meme hoje poderá facilmente tornar-se política amanhã. O desrespeito da sua base MAGA atingiu um nível totalmente novo manifestado em comentários inclassificáveis. Se Trump conseguir pessoas suficientes dizendo "Nós adoraríamos", quem sabe o que ele pode começar a tentar pressionar...»

Houve um tempo, não muito distante, em que poucos acreditavam que Trump quisesse, ou conseguisse, provocar uma insurreição capaz de atacar o Capitólio em dia de confirmação dos resultados da eleição presidencial. Hoje não me parece absurdo que ele possa pretender insurgir uma massa popular contra o Vaticano. Isto não é uma piada desvalorizável, é o desenvolvimento de uma aberração que se pode tornar bem mais séria do que parece, Trump, e a sua base inabalável, têm o ódio e a vingança por combustível

E não são os únicos, têm vindo a grassar como cogumelos em terras pantanosas. Até por cá...


 

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MANIFESTUM MONSTRUM


 Sim, já todos viram, não é pela novidade que trago aqui esta aberração mas porque a perversidade não é inconsequente, muito menos quando manifestada por por um "líder mundial", um que tem atrás de si, por um lado, uma seita acrítica, irracional e ignorante, por outro, um séquito de cobardes egocêntricos, amorais e invertebrados que defendem os seus umbigos e as suas contas bancárias com um fervor tiranicamente indiferente que em nada se identifica com ideologia e excede os limites da legalidade, ofende os mais básicos princípios de decência

Não sei que razões. se alguma inteligível,  o levaram a publicar pessoalmente tal devassidão,  republicada no X e no Instagram pela White House!!!  

Testar limites? Expandi-los'? Ou, pior ainda, levar o seu séquito a manifestar-se  -  positivamente, claro, quem ousaria de entre a sua vassalagem...


Um dos seu vassalos, o senador  Lindsey Graham - que concorreu contra ele em 2015 e que, na madrugada do 7 de Janeiro, ao ser  retomada no Capitólio a sessão de confirmação da vitória de Biden, discursou um firme "É demais, basta, não poderei mais apoia-lo" -  apressou-se agora a expor a sua positiva "excitação" (sic) por o presidente estar aberto à ideia de vir a ser o próximo Papa (e ,de uma cajadada, apoiou também a inconstitucional candidatura à presidência em 2028):

«Fiquei entusiasmado por saber que o Presidente Trump está aberto à ideia de ser o próximo Papa. Este seria, na verdade, um candidato preterido mas eu pediria ao conclave papal e aos fieis católicos uma mente aberta a esta possibilidade 

O primeiro Papa-Presidente dos U.S é uma combinação com muitas vantagens. À espera de fumo branco... Trump MMXXVIII!»

Estou certa de que mais depressa conseguiria fazer um doutoramento em Física Nuclear do que conseguirei compreender como é possível continuar a tratar este espécimen hediondo como sendo normal, aceitável, permissível. Politicas, ideologias, intenções à parte, religião à parte, NÃO É.

Lembrei-me agora...  Há pouco alguém comentou sobre o assunto: «Finalmente assumiu-se como anti-Cristo»
Sabem aqueles que costumam passar por aqui que, há anos, o refiro como "Bode Maligno". Não sei o que lhe passou pela cabeça mas não andará muito longe.

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BUUUM! SLAVA UKRAINI


A 22 de Abril, o drone ucraniano Palianytsia, no valor de um milhão de dólares, capaz de atingir alvos nas profundezas do território russo,  voou 700 km direito ao 51º Arsenal da Direcção Principal de Mísseis e Artilharia da Rússia (GRAU), na aldeia de Barsovo, no Oblast de Vladimir, cerca de 70 km a nordeste de Moscovo. 

Apesar do risco de sanções e dos avisos emitidos pelo governador local, dezenas de residentes publicaram vídeos da explosão inicial, de numerosas detonações secundárias e de um incêndio em grande escala. 

Cerca de 264 000 toneladas de munições desencadearam uma explosão que os satélites da NASA captaram no espaço. Destruiu todo o material para a ofensiva russa deste próximo Verão, provavelmente mais 

Mesmo a 70 km de Moscovo, as defesas aéreas russas não conseguiram detê-lo.

As autoridades locais afirmaram, inicialmente,  que ninguém tinha ficado ferido, no entanto foram  obrigadas a anunciar a evacuação das aldeias vizinhas e o encerramento da estrada principal que liga Moscovo a Kirzhach. O depósito, com uma área de aproximadamente 3,5 quilómetros quadrados, era um dos maiores, e estrategicamente mais importantes, locais de armazenamento de munições da Rússia,  albergava cerca de 264.000 toneladas de munições diversas -  projéteis de artilharia altamente explosivos, mísseis guiados anti-tanque, foguetes balísticos e mísseis superfície-superfície de combustível sólido, alguns potencialmente destinados aos sistemas Iskander e Smerch -  ou cerca de 6 milhões de projéteis de artilharia, o suficiente para mais de um ano de operações de combate.

Os relatórios preliminares indicam que a primeira explosão foi causada por um impacto directo durante o descarregamento de munições recentemente recebidas. Isto despoletou uma cadeia de detonações secundárias catastróficas, enviando ondas de choque por toda a região circundante. Durante horas foram vistas enormes nuvens de fumo escuro, bolas de fogo e explosões repetidas foram captadas em pormenor nas imagens divulgadas. As provas visuais sugerem fortemente a ignição de propulsores sólidos de alta energia, indicando ainda a presença de sistemas de mísseis avançados.

A escala e a intensidade da explosão foram mais tarde confirmadas por dados de satélite divulgados pela NASA FIRMS, utilizada para monitorizar incêndios. Os dados mostraram um enorme inferno no local visível do espaço.

Desenvolvido durante a invasão russa em curso e revelado pela primeira vez no Verão do ano passado, o drone ucraniano Palianytsia foi concebido para ataques de precisão de longo alcance operacional, superior a 700 km, e uma ogiva estimada entre 50 e 100 kg de TNT que pode causar uma destruição maciça de alvos logísticos e militares importantes longe da linha da frente.

O ataque também põe em evidência as actuais preocupações russas relativas às práticas de segurança de armazenamento de munições, que têm vindo a provocar efeitos dominó após os primeiros ataques ucranianos; os anteriores ataques ucranianos conseguiram frequentemente desencadear explosões secundárias maciças.

Como habitualmente, o governo russo atribuiu a explosão a um incêndio provocado por violações da segurança no manuseamento de explosivos. Antes incompetente do que vulnerável... 

Os anteriores ataques ao arsenal já tinham reduzido a metade o poder de fogo da Rússia. A explosão do seu maior arsenal obriga agora Moscovo a uma escolha complicada: atrasar os ataques ou atacar sem cobertura de artilharia - de qualquer forma, é um desastre em gestação. Este último ataque de precisão ocorre num momento chave, destruindo munições russas que podiam durar até um ano. Sucedem-se as decisões russas de curtos cessar-fogo

O exército ucraniano não reivindicou oficialmente a responsabilidade mas o incidente está alinhado com operações ucranianas anteriores que visaram instalações semelhantes. 

Desde 2022, a Ucrânia tem realizado uma série de ataques precisos contra os principais arsenais russos de mísseis e artilharia, com o objectivo de minar as capacidades logísticas e militares da Rússia. 

A artilharia causa 70% das baixas na Ucrânia. Com uma média de uma vítima por cada 100 projécteis, a destruição de 6 milhões de projécteis poderá ter poupado 60.000 vidas - tanto de soldados como de civis.

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Com menos impacto mas visualmente espantoso, os drones de reconhecimento que identificam a que exército pertencem os soldados visionados (vídeo abaixo)

Guardas fronteiriços ucranianos que operavam drones de reconhecimento libertaram três soldados ucranianos que tinham sido capturados pelos russos.

Quando os drones ucranianos começaram a lançar projécteis sobre as posições russas, os captores começaram por procurar abrigo antes de abandonarem completamente os seus prisioneiros retirarando-se da área.

Os operadores de drones da 1ª Brigada Separada de Tanques Siver guiaram então os soldados ucranianos libertados para um local através de rotas seguras.



COMPAIXÃO E INCLUSÃO

 O PRESUPOSTO DE "TODOS, TODOS, TODOS"

Nunca, aqui no Real Gana, falei de religião, é tema que considero demasiado complexo e íntimo para "bloguices"; cada pessoa é um mundo, com as suas experiências, concepções de Deus, de Vida e Alma, de Morte e Espírito, de Caminho, de Humanidade, de Fim, de Além,... Cada pessoa é um mundo e cada mundo tem a sua história, evolução, a sua realidade, a sua essência única. A título de mero exemplo, não creio que o Papa Francisco e o Dalai Lama sejam pessoas essencialmente diferentes, ambos são seres de Luz com vidas dedicadas à alumiação da alma, no entanto um é teísta o outro não. Poderá haver temática mais íntima?

Nesta acepção, não é de religião que hoje falo mas dessa essência luminosa que raras pessoas transmitem em tudo o que empreendem, na forma como olham, na compaixão que emanam. Raras as pessoas... não é fácil. 

Não é fácil sobrepor aos nossos julgamentos, às nossas convicções seculares, essa compaixão imensa e transformadora. Seguir ritos e mandamentos não é o mesmo que projectar Luz, não confere a sábia e nobre aceitação das sombras, as nossas e as alheias. Não é perfeição que nos é requerida... 
Com quanta facilidade um estrito cumpridor de ritos e mandamentos manifesta a sua intransigência atirando a primeira pedra... 

    Vieram estas linhas no encalce de um curto vídeo que me encontrou hoje - 1 minuto de sinceridade e sabedoria -   que, nestes dias que estamos passando, fiz questão de aqui deixar. Dispensa explicações e comentários.(É preciso clicar 2 vezes no play)

Deixo também uma pequena "notícia" que li hoje, com ligeiras alterações de forma, não de conteúdo - o original tem erros e terá sido escrito por um "jornalista" do jornal "A Bola"  Não foi a ocorrência em si que me tocou mas a personagem que refere: Uma idosa freira, amiga do Papa Francisco e sua visitante assídua, há mais de meio-século que desenvolve um trabalho que, por certo, lhe exigirá uma fé desmedida na Luz e essa sábia e nobre aceitação das sombras alheias, sem pedras a arremessar

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"Num dia em que o acesso à Basílica de S. Pedro, onde decorre o velório do Papa, estaria reservado apenas a cardeais, bispos e altos funcionários do Vaticano, a Guarda Suíça, responsável pela segurança, quebrou o protocolo abrindo uma excepção para entrar Geneviève Jeanningros, uma freira de origem francesa com 82 anos que, segundo é descrito em Itália, seria a melhor amiga do Papa Francisco.

Apesar do protocolo impôr que cada visitante esteja apenas alguns instantes diante da urna, foi-lhe permitido permanecer por largos minutos despedindo-se do amigo

A «enfant terrible» que vive numa caravana


A concessão feita pelos guardas justifica-se por Geneviève ser presença habitual no Vaticano, uma vez que às quartas-feiras era comum o Papa recebê-la.
A octogenária, que conheceu o Papa na Argentina, é uma mulher de causas e, há várias décadas, defensora  das minorias. Vive numa caravana nos arredores de Roma, trabalha numa comunidade que apoia prostitutas e transsexuais, que muitas vezes a terão acompanhado nas visitas que fazia a Francisco.
O trabalho feito pela irmã Geneviève há mais de cinco décadas junto de minorias desfavorecidas valeu-lhe a alcunha de «enfant terrible» como, carinhosamente, o Papa se referia à amiga."



IN MEMORIAM - FRANCISCO

 O Papa que partiu no advento da ressurreição 

GENEROSIDADE E CAMARADAGEM

 O enviado especial de Trump ofereceu-se para "dar" quatro regiões ucranianas à Rússia

(Não, não estou a fazer "graças pesadas" nem é uma notícia falsa, é verdade, uma séria verdade)

Desrespeitando os mais básicos protocolos de segurança pessoal e de Estado, Steve Witkoff, enviado especial de Trump,  convidou Kirill Dmitriev, enviado especial de Putin, para jantar na sua residência pessoal antes de uma reunião na Casa Branca.

Sem problemas, Trump está "na boa" com isso, quando do seu primeiro mandato convidou o ministro dos negócios estrangeiros russo e o embaixador russo em Washington para a sala oval, acompanhados de jornalistas russos da Tass (e só esses, os americanos que esperassem que aqueles senhores saíssem);
Trump tinha a certeza absoluta de que todos os jornalistas eram só jornalistas, nenhum deles era por certo um tipo treinado para tomar notas mentais de tudo o que via, de protocolos de segurança, quantidade de activos, passagens usadas apenas por pessoal interno  e mais não sei quantas coisas que não interessam nada aos russos. Da mesma forma que seria absolutamente descabido pensar que um enviado de Putin, com motorista e seguranças,  seria capaz de plantar qualquer micro-aparelho de vigilância em casa de um colaborador de Trump para assuntos da Rússia. Que disparate!

Também de referir que o enviado russo está sujeito a sanções americanas na sequência da invasão russa mas esse parece ser um pormenor irrelevante. Foi aquele que Putin mandou e isso é que interessa, não vale a pena levantar questões só para embirrar. 


Depois do amigável jantar, Steve Witkoff teve uma reunião em Washington com Kirill Dmitriev, com o objectivo de estabelecer prossupostos para o progresso do Acordo de Paz.
(Ignoro se o total desrespeito da Rússia pelo cessar-fogo parcial incondicional, proposto por Trump e assinado em Março, faz hoje 1 mês,  terá sido abordado)

Steve ofereceu-se pessoalmente para "apoiar" o direito da Rússia a ocupar as regiões de Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk. 

Não sei por que não englobou a Crimeia no pacote... Será por o presidente dos Estados Unidos considerar que a Crimeia já pertence à Rússia não fazendo assim sentido que seja objecto de negociações? Não sei, digo eu...

Considera o bom camarada Steve que "esta é a maneira mais rápida de acabar com a guerra".

Então e depois? 

Depois, mais exactamente 48h depois ‐ sexta-feira 10/04 - Steve foi a S. Petersburgo e foi recebido por Putin, himself
Sim, em S. Petersburgo, porque Putin não mete americanos no Kremlin, ele lá saberá por quê...

Segundo ambos, tiveram uma agradável e produtiva conversa.

Para rematar com um nó dourado, o general  Kellogg,enviado especial de Trump para a Ucrânia, disse,enquanto Steve Witkoff estava na Rússia:"Quase poderíamos fazer parecer o que aconteceu em Berlim depois da Segunda Guerra Mundial, quando havia uma zona russa, uma zona francesa, uma zona britânica, uma zona americana". 
Depois destas amáveis palavras começarem a ecoar pelos gabinetes da zona francesa e da  zona britânica do continente europeu, e de serem publicadas no Times (11/04),  Kellogg achou por bem dar um passo atrás e, numa declaração publicada no X, Kellogg disse que os seus comentários foram deturpados:  "Estava a falar de uma força pós-cessar-fogo em apoio da soberania da Ucrânia. Nas discussões sobre a divisão, referia-me a áreas ou zonas de responsabilidade de uma força aliada (sem tropas norte-americanas). NÃO me estava a referir à divisão da Ucrânia."

Compreendo que, quando se trata de resolver problemas graves, letais e desestabilizadores do mundo, soluções radicais e generosas devem ser implementadas; 

Se alguém por aí tiver o número de telefone do primeiro-ministro do Canadá, por favor envie-mo, quero sugerir-lhe que ofereça os EUA à União Europeia, ou à Dinamarca, se considerar preferível. 


THE KRASNOV FILE

Demasiado extenso para publicar no RealGana

Demasiado importante para não publicar

            Fica o link, EM PORTUGUÊS:

(BOTÃO DE AUMENTO  CANTO INFERIOR ESQUERDO)

           link, IN ENGLISH:

THE KRASNOV FILE 
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THE WORLD HAS TO KNOW


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Ó-LARILÓLÉ-CAMPANHA


Programa eleitoral. 

PS propõe IVA ZERO em bens alimentares essenciais e eletricidade com 6% 

(RTP- 5 Abril 25)


Agora pergunto eu, porque sinceramente não percebo: 
Se o PS considera esta medida justa e fazível, porque não o fizeram durante os seus 8 anos de governação? Mais. Durante a pandemia Covid, alguns bens alimentares essenciais tiveram o IVA a 0%, algum material de protecção teve IVA 0%; 
Por que voltou o governo PS a aumentar o IVA dos bens alimentares? (alguns  de uso corrente para 23%) Porque finda a pandemia a economia floresceu? Vá lá...

Legislativas: 

PS promete dar 500 euros em certificados de aforro a todas as crianças nascidas a partir do início de 2025

G'anda nóia, vamos ter uma geração de putos ricos daqui a 18 anos (se não caírem os juros que são semelhantes, ou menores, do que os de vários bancos mas ok, é um "cavalo dado") 



As propostas do PS para o próximo governo

Menos dias de trabalho e salário mínimo de 1.110 euros. (em 2029)

“Reduzir, de forma faseada, a semana de trabalho de 40 para 37,5 horas para todos os trabalhadores, em moldes e condições a discutir com os parceiros sociais e considerando a evolução da situação económica e a avaliação de impacto em diferentes sectores” (Agência Lusa - 5 Abril 25)

Portanto, meia-hora por dia, de forma faseada, se for possível



A VIDA É SEMPRE MELHOR A BORDO DE UM PROGRAMA ELEITORAL DO PS

Mas "de boas intensões está o inferno cheio", há uma vida a viver, e pagar, para além das campanhas eleitorais


e ainda por cima o gajo é feio, tem pinta de labrego com um fato e uma gravata (sim, eu sei, não é o único, o mesmo acontece com o outro mânfio daquele partideco de que não me lembro o nome.) É tudo, por hoje basta

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O MALIGNO E O LOUCO

NUMA SÓ MENTE



Dia 20 de Janeiro de 2025, ainda não há 3 meses, Donald Trump foi empossado como presidente dos EUA. Nesse mesmo dia Trump assinou uma ordem executiva declarando uma emergência nacional na fronteira sul e deu ao Departamento de Defesa e ao Departamento de Segurança Interna 90 dias para ser apresentado um relatório conjunto sobre se deve ou não invocar a Lei da Insurreição.

Na altura ninguém falou nisto - leia-se imprensa e comentadores políticos -  mas qualquer perspectiva de invocação da Lei da Insurreição é assunto que tem de ser tomado muito a sério, quer por existirem razões para tal, se for o caso, quer pelas razões camufladas que suportem tal invocação.

Neste caso não pode ser mais óbvio que as razões subjacentes a tal intenção em nada se prendem com "uma emergência nacional na fronteira sul", não se trata de imigração, trata-se de poder.

Este prazo de 90 dias termina a 20 de Abril.

Não foi por mero acaso que há uma semana, a última de Março, Trump se lembrou de começar a falar na possibilidade de um - inconstitucional - 3º mandato

A Lei da Insurreição, de 1807, dá ao presidente autoridade para colocar as forças armadas dos EUA em solo americano para suprimir rebelião ou violência doméstica ou para fazer cumprir a lei em determinadas situações. O estatuto implementa a autoridade do Congresso ao abrigo da Constituição para "providenciar a convocação da Milícia para executar as Leis da União, suprimir Insurreições e repelir Invasões". Isto significa tropas nas cidades, significa desautorizar os governadores de cada Estado federado, significa a suspensão dos direitos de protesto e suspensão da dissidência democrática - sob o falso pretexto de restaurar a "ordem".

A Lei da Insurreição não é lei marcial. "Lei marcial" é a vigência de um poder militar que assume o papel do governo civil numa emergência;  a Lei da Insurreição permite que os militares prestem assistência às autoridades civis mas não que tomem o seu lugar. De acordo com a lei actual, o presidente não tem autoridade para declarar a lei marcial.

Trump está a preparar um golpe de Estado interno, já fez os  ensaios durante o seu primeiro mandato e tem-se mantido aplicado no estudo de como aumentar e prolongar o seu poder, que pretende absoluto, tendo uma equipe de legionários satânicos a trabalhar o projecto desde bem antes de voltar a ocupar a Casa Branca

Em Junho de 2020, após o assassinato de George Floyd, milhões de americanos levantaram-se em protesto. Trump não se debruçou por um momento sobre os motivos dos protestos que se acenderam por toda a América, com particular incidência em Washington, levando-o a refugiar-se no abrigo subterrâneo da Casa Branca. Furioso por a sua atitude ter vindo a público quis invocar a Lei da Insurreição. Perante a hesitação dos militares em fazê-lo, Trump enviou forças federais para retirar de forma injustificada os absolutamente ordeiros manifestantes da Praça Lafayette para que ele pudesse atravessar a rua para ir ser fotografado a  empunhar uma Bíblia - invertida (ele há coisas...) - em frente a uma igreja na qual não entrou. Não conseguiu disfarçar as trombas iradas por os generais não terem ido suficientemente longe. O general Milley, então Chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos disse, mais tarde, que se arrependeu mil vezes de ter acompanhado Trump naquela photo op ridícula, numa desajustada e egocêntrica demonstração de força.

Ao assumir este novo mandato Trump certificou-se de que as chefias militares não hesitarão em seguir o seu comando

Desde que regressou ao poder, Trump expurgou o Pentágono de militares independentes, de oficiais de carreira que não lhe garantissem um apoio incondicional, os que sabem que os seus juramentos são para com a Constituição, não para com o presidente. Os seus lugares são agora ocupados por "lealistas". Pete Hegseth, ex-apresentador de um programa de fim de semana da FoxNews, é agora Secretário da Defesa com aquele mundo que é o Pentágono a seu cargo. Tulsi Gabbard, uma veterana de guerra admiradora de Putin, dirige todos os serviços secretos; Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, Gabbard defendeu a agressão russa: «Esta guerra e sofrimento poderiam ter sido facilmente evitados se Biden e Nato tivessem simplesmente reconhecido as legítimas preocupações de segurança da Rússia» (Twitter 2022). O vice-presidente J.D. Vance não faz segredo de que é a favor do uso da força militar contra americanos em solo americano. E estes são os que mais directamente estão relacionados com Defesa e Segurança interna, depois há a cáfila desmedida de almas negras e sedentas na mais próxima entourage de Trump. 

A 19 de Março, estes três - Vance, Gabbard e Hegseth - encenaram uma sessão fotográfica na fronteira sul. Não foi uma visita de rotina, não foi um estudo de estratégia, foi uma encenação mediática

Porque é que o Vice-Presidente, a chefe dos serviços secretos militares e o Secretário da Defesa teriam de ir todos juntos à fronteira? Porquê fazer disso um espetáculo para divulgação nos noticiários e redes sociais?

Nada disto foi sobre a fronteira, é uma preparação, a criação de uma perspectiva trabalhada apresentando um "ponto de vista" focado no que se pretende divulgar lançando a base psicológica,  emocional, para invocar a Lei da Insurreição. Estão a construir a narrativa: "Tínhamos de agir.", "Não tivemos escolha." "A crise é demasiado grande" e umas quantas outras falsas justificações que lhes ocorram e lhes pareçam convincentes. Foram lá para poderem lembrar que lá estiveram, que a situação é terrível, descontrolada, perigosíssima e requer acção imediata a "bem da nação"

Lançado o medo, a "enorme crise" (lembro as "caravanas de criminosos" que estavam prestes a invadir os EUA em 2018...), criada a aceitação em parte significativa da população deixa-se "marinar". Lá para Junho, mês em que decorrerá a cimeira anual da NATO, Trump, o salvador,  aparecerá com ar grave na televisão nacional e dirá que as cidades democratas estão a ser cercadas por "radicais" e "imigrantes ilegais". Assina a ordem de entrada em vigor da Lei da Insurreição. As tropas vão para as ruas de Atlanta, Chicago, Filadélfia. Os manifestantes são presos ao abrigo das "disposições de emergência”,  jornalistas são detidos, contas em redes sociais desaparecem. Os imigrantes são levados para centros de detenção (a prisão de Guantanamo tem vindo a ser preparada para isso) A imprensa é mandada calar, o público é mandado calar. E tudo isto é legal.

Sim eu sei... É um exagero, que disparate... Ouvi isso várias vezes, de várias bocas  sinceras quando, após Trump ter perdido as eleições em 2020, me atrevi a dizer que ele faria tudo para permanecer no poder, se conseguisse incitaria uma guerra cívil. O dia 6 de Janeiro de 2021, depois de vários ensaios em Estados federados democratas, esteve perto do golpe de Estado pretendido. Falsos eleitores colegiais tentaram levar falsos votos ao Capitólio, os vários discursos à turba que se dirigiu a Washington incitaram a tomada do poder pela violência; se em vez de Mike Pence o vice-presidente fosse JD Vance, Trump teria visto feita a sua vontade

"Ele está a fazer bluff. Os militares não vão alinhar. Os tribunais vão impedi-lo"
Trump não está a fazer bluff, Trump não admite ser um dos três ramos de poder. Há dias disse numa entrevista «Eu sou a Lei Federal» ( L'État, c'est moi, dizia o Rei-Sol). Não, não é, mas está-se nas tintas, age como sendo, tem o Poder Legislativo nas mãos porque o Congresso e o Senado lho entregaram; Teve a benesse do Supremo Tribunal Federal lhe conferir imunidade presidencial pelas mãos dos juízes nomeados por republicanos, o próprio Departamento de Justiça, que deveria ser independente da presidência, já mostrou bem qual é a sua tarefa. À parte uns tantos juízes que resistem, Trump tem grande parte do Poder Judicial  sob o seu controlo e já aconteceu não se inibir de desrespeitar a ordem de um juiz federal sem que isso o afectasse

Quem espera que "o sistema" seja a salvação espera por algo que já falhou.

O dia 20 de Abril, dia do aniversário de nascimento de Hitler,  está a duas semanitas e se o "relatório conjunto"  recomendar o recurso à Lei da Insurreição - este é um "se" retórico - Trump vai apresentá-lo como uma medida relutante mas necessária, foi para isso que o mandou fazer. Dirá que tentou tudo,  afirmará que se trata de proteger a América. 
E a América é ele

É assim que o autoritarismo se instala, que as democracias caiem.  Hitler, Mussolini e Putin foram eleitos, não tomaram o poder pela força mas com memorandos legais, propaganda e povos assustados. Cada um deles, como tantos outros, manipulou os sistemas jurídicos com a intenção, e a visão, de agarrar o poder e mantê-lo, doa a quem doer
Trump tem vindo a trabalhar de forma vigilante e perseverante desde o seu primeiro mandato com esse objectivo, uma dinastia Trump de poder absoluto.  O seu golpe de 6 de Janeiro mostrou-lhe as falhas, os erros a não cometer. Compreendeu, ou mostraram-lhe, que tudo será mais fácil, eficaz e seguro se a tomada do poder for feita por meios legais, é uma questão de os preparar

Estranho o silêncio dos media sobre a iminente apresentação do relatório conjunto sobre se deve ou não ser invocada a Lei da Insurreição. Será que não levam Trump a sério? Uma coisa que me parece bastante clara é que ele deve ser levado a sério, o homem é bronco mas de uma tenacidade invulgar. O clima de instabilidade que tem vindo a criar destina-se a provocar a contestação popular que lhe servirá de mote ao "inevitável recurso a forças militares para reposição da ordem pública". Será que já se sente o medo a instalar-se, o medo de ser processado, de ver jornais e estações de TV a serem fechadas? Estranho o silêncio sobre os objectivos, e as consequências, da concretização de tal invocação da lei. Post facto será tarde, arduamente tarde

Além do mais a loucura não pára por aqui. Entre invasões e anexações prometidas, taxas aduaneiras acéfalas, deportações selvagens, prisões arbitrárias, despedimentos em série, cortes de todo o tipo de subsídios, especialmente na saúde e na educação, é fácil remeter ao esquecimento o que está na base de todo o programa governamental de Trump: o Projecto 2025... O tal que ele negou conhecer, seguir, apoiar, durante toda a sua campanha eleitoral e que tem vindo a cumprir sem desvios. O Projecto 2025, essa coisa delineada por acólitos do próprio Demo, tem um programa inicial para os primeiros 180 dias de governação - cumprem-se a 25 de Julho próximo - não me é fácil esquecer o dia, nasceu D. Afonso Henriques, Jaime I da Escócia e eu - por certo que poderemos aguardar alguns acontecimentos nos EUA